Brasil e Peru vão promover pesquisas para melhorar a qualidade do cacau
Os governos do Peru e do Brasil assinaram um memorando de entendimento que visa promover estratégias de pesquisa para melhorar a qualidade genética do cacau em favor dos produtores, informaram fontes oficiais do país andino.
O documento, assinado pelo Instituto Nacional de Inovação Agrária (INIA) do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Irrigação do Peru e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, autoriza ambas as entidades a desenvolver estudos que avaliem a qualidade do cultivo de cacau.
Essas investigações, conforme especificado em comunicado do INIA, serão realizadas com foco nos níveis de cádmio, sistemas de produção de resistência à monilíase e adaptação aos efeitos que as mudanças climáticas possam gerar.
O memorando também visa facilitar a troca de informações sobre pesquisas e desenvolvimentos de interesse no cacau para ambas as instituições, embora sempre "salvaguardando a propriedade intelectual das partes e os interesses de terceiros", informou o órgão público na nota.
Por outro lado, permitirá o acesso aos recursos genéticos do cacau para importação e exportação de material genético para fins de pesquisa, além de promover estratégias de divulgação dos resultados da pesquisa por meio de publicações e eventos científicos.
De acordo com o INIA, no Brasil, um dos maiores exportadores de alimentos do mundo, o Comitê Executivo do Plano de Cultivo do Cacau (Ceplac) está executando projetos de geração de transferência de tecnologia que podem melhorar a qualidade do cacau nos estados. , Espírito Santo, Pará, Amazonas, Rondônia e Mato Grosso.
Entre 2010 e 2020, a produção de grãos de cacau no Peru, segundo maior produtor de cacau orgânico, registrou uma taxa de crescimento de 12,6% ao ano, segundo dados oficiais.
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